Ciência e sociedade

Província chinesa tem triplo das estações de recarga de veículos elétricos dos EUA, relata Bloomberg

Os Estados Unidos estão ficando para trás da China, com Pequim colocando em serviço nos últimos 12 meses mais estações de recarga que o número planejado para 2030 nos EUA, de acordo com a mídia.
Sputnik
Só a província chinesa de Guangdong tem agora 345.100 eletropostos, mais do triplo dos existentes nos EUA, indica no sábado (22) a agência norte-americana Bloomberg.
Governos em todo o mundo têm encorajado o uso de veículos elétricos através da construção de sua respetiva infraestrutura. Como exemplo, nos EUA, a Lei de Investimento em Infraestrutura e Empregos da administração de Joe Biden alocou US$ 5 bilhões (R$ 25,81 bilhões) para construir uma rede de pontos de recarga nos principais corredores rodoviários do país até 2030, enquanto na União Europeia só a Alemanha dedicou US$ 6,4 bilhões (R$ 33,04 bilhões) para esse objetivo.
Na China, a província de Guangdong, com 126 milhões de pessoas, concentradas em apenas cerca de 180.000 quilômetros quadrados, ou 1,8% do território dos EUA, tem sido líder nacional tanto a nível populacional como econômico. Ela também tem a maior rede de carregamento para veículos elétricos no país, com 19.116 pontos de carregamento no final de setembro, enquanto Jiangsu, a província com o segundo maior número, tem cerca de 8.200.
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A rede de estações de recarga na província de Guangdong segue em rápido crescimento, tendo mais que dobrado no último ano. O território tem agora 1,4 milhão de veículos elétricos, a maior proporção do país.
Segundo a Bloomberg, a China já tem 1,15 milhões de pontos de recarga, contra 442.000 na Europa e somente 112.900 nos Estados Unidos. Os dados apontam para um aumento da diferença, com o país asiático colocando em funcionamento 592.000 eletropostos nos últimos 12 meses, mais que o número desejado pela administração Biden nos EUA até 2030. O objetivo de Pequim é construir um número de pontos suficiente para 20 milhões de veículos elétricos até 2025.
Em resultado, a China agora tem uma demanda de carros limpos dramaticamente superior à dos países ocidentais, perfazendo já um quarto de todos os veículos recém-vendidos no país. O fenômeno também tem reduzido os custos de carregamento relativamente aos carros a diesel, sem contar com os descontos na compra dos próprios carros elétricos.
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