Nesta segunda-feira (24), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através da decisão da ministra Maria Isabel Galloti, determinou a remoção de pelo menos 21 posts das redes sociais do ex-presidente Lula (PT) e de aliados, como o deputado federal André Janones (Avante), que afirmam que o governo federal planeja reduzir o valor do salário mínimo, de aposentadorias, de pensões e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
De acordo com o UOL, Galloti decretou a resolução após analisar um pedido da campanha do presidente, Jair Bolsonaro (PL), sobre o tema. A campanha de Bolsonaro defende que as falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, foram "gravemente distorcidas e descontextualizadas" pelo deputado Janones em vídeo publicado no Instagram (rede social proibida na Rússia por extremismo) e Twitter.
"No caso em exame, verifico a divulgação de informação falsa a respeito de um tema revestido de extrema relevância social, com aparente finalidade de vincular tais medidas drásticas ao presidente da República, incutindo assim na mente do eleitor a falsa ideia de que os salários e aposentadorias não serão mais reajustados", diz a decisão da ministra citada pela mídia.
Além das postagens do perfil de Lula, o TSE também determinou a remoção de conteúdos publicados nos perfis da presidente do PT, Gleisi Hoffman; do senador Humberto Costa; da deputada Jandira Feghali e Érika Kokay; da CUT Brasil e do PT e de perfis identificados como @thiagoresiste e @tesoureiros.
A reportagem do portal relata que apurou as informações contidas no perfil do petista e aliados e que as mesmas são falsas.
Nas postagens, afirma-se que Guedes anunciou que aposentadorias e outros benefícios pagos pelo INSS não vão mais ser reajustados pela inflação a partir de 2022, mas na verdade o ministro da Economia tem uma proposta para que os benefícios deixem de ser vinculados à inflação do ano anterior e passem a ser corrigidos pela expectativa da inflação do ano corrente.
Porém, segundo a mídia, todos os conteúdos já foram removidos das redes Twitter, Instagram, Facebook (rede social proibida na Rússia por extremismo) e YouTube, com exceção de vídeos publicados no Facebook de Lula.