O túmulo data de 1305 e tem uma efígie entalhada de um clérigo usando manto dentro de um arco gótico, escreve portal The History Blog.
As partes sobreviventes da inscrição em torno do arco identificam o falecido como um "capelão na igreja de monsenhor Quentin".
A tinta vermelha foi aplicada nas linhas talhadas da efígie do clérigo, na borda do arco e nas letras da inscrição para fazer o desenho se destacar sobre a pedra azul. Muito frequentemente a tinta se desvanece ao longo do tempo. A cor vermelha nesta laje ainda é notavelmente visível, mesmo antes dos trabalhos de conservação.
Durante o reinado do imperador Augusto (27 a.C. – 14 d.C.), a cidade de Saint-Quentin foi fundada como Augusta Veromanduorum, a capital romana do povo local de viromandui. Sua localização no rio Somme, no cruzamento de duas estradas importantes, tornou-a um centro de comércio para a região.
No século IV a cidade ganhou novo destaque como o suposto local do martírio de Caius Quintinus, também conhecido como Quintino de Amiens. Quintino era um cristão romano que seguiu seu zelo missionário para converter os gauleses, acabando por ser preso e torturado por suas atividades.
Uma igreja foi construída sobre o seu túmulo e depois expandida e reconstruída inúmeras vezes. A atual basílica foi construída entre os séculos XII e XV.
Em março deste ano, arqueólogos começaram a conduzir escavações no lado sul da basílica no centro de Saint-Quentin. Mais tarde foram descobertos vários artefatos, incluindo três túmulos particularmente notáveis porque estavam cobertos por lajes funerárias feitas de pedras azuis de Tournai.
Laje funerária datada de 1305 com tinta vermelha original descoberta em Saint-Quentin, no norte da França
© Foto / E. Mariette, Inrap
Os sepultamentos foram reservados para enterros de membros importantes da comunidade religiosa, especificamente os cônegos. A laje do cônego que morreu em 1305 é a única das três com uma superfície entalhada e pintada que ficou tão bem preservada.