Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, zombou dos esforços da UE para puni-lo financeiramente com sanções, dando ao bloco "permissão para confiscar todas as [suas] propriedades e ativos […] de todas as contas bancárias do mundo e usá-los para comprar carvão para os cidadãos europeus".
"Um inverno difícil está pela frente!", disse Bagheri, aludindo a crise energética que os europeus enfrentam enquanto lutam com os elevados custos de gás e até mesmo potencial escassez de combustível devido às sanções que seus líderes impuseram aos fornecedores russos.
A "proposta humanitária" de Bagheri veio em resposta a uma rodada de sanções em grande parte simbólicas do Reino Unido e da UE que proibiam o general e dois outros oficiais militares iranianos de entrada e permitiam que quaisquer bens que possuíam nessas jurisdições fossem confiscados.
Criticando os europeus por sua miopia em "tomar o caminho sem saída de seus mestres americanos", Bagheri caracterizou a situação como um caso de "cegos guiando cegos".
O general iraniano foi um dos três altos funcionários da nação persa e cinco entidades contra os quais na semana passada foram aplicadas novas sanções pelo suposto fornecimento de drones usados pela Rússia na Ucrânia. Autoridades russas e iranianas rejeitaram as alegações de drones.
Dmitry Polyansky, o primeiro-vice-embaixador da Rússia na ONU, assegurou que os drones usados na Ucrânia "são fabricados na Rússia" e enfatizou que o secretariado das Nações Unidas não tem mandato para investigar o assunto.