A China está avançando em direção à "reunificação completa da pátria", afirmou o porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan de Pequim, Ma Xiaoguang, nesta quarta-feira (26).
"Estamos mais perto do que nunca na história – e estamos mais confiantes e capazes do que nunca – de realizar o rejuvenescimento nacional", disse o representante em uma coletiva de imprensa regular em Pequim, sem fazer referência direta a Taiwan, considerada pela China como parte inalienável do seu território.
"Da mesma forma, também estamos mais perto do que nunca na história – bem como mais confiantes e capazes – de realizar a reunificação completa da pátria", garantiu ele.
No congresso, realizado de 16 a 22 de outubro, o secretário-geral do Partido Comunista chinês, que garantiu um terceiro mandato no poder, disse que as "rodas da história estão girando em direção à reunificação da China" com Taiwan.
"Diante de sérias provocações de forças separatistas pedindo pela independência de Taiwan e interferência de forças externas, travamos resolutamente uma grande luta contra o separatismo e a interferência, demonstrando nossa forte determinação e ampla capacidade de proteger a soberania nacional e a integridade territorial e de nos opormos à independência de Taiwan", disse o presidente reeleito da China, Xi Jinping, ainda na abertura do Congresso.
"A reunificação completa de nosso país deve ser realizada e pode, sem dúvida, ser realizada", acrescentou o líder chinês.
Enquanto expressava esperança na perspectiva de uma reunificação pacífica, o presidente da China ressaltou que seu país "nunca prometeria renunciar ao uso da força" e reservou a possibilidade de "tomar todas as medidas necessárias contra a interferência de forças externas e o número extremamente pequeno de separatistas pró-independência de Taiwan e suas atividades secessionistas". Xi acrescentou que as medidas tomadas por Pequim em nenhum caso vão ser direcionadas contra a maioria dos compatriotas taiwaneses.
Além disso, em uma resolução adotada no último dia do evento em 22 de outubro, o PCC enfatizou a necessidade de aderir ao princípio de Uma Só China e ao Consenso de 1992 (entre Pequim e Taipé), bem como implementar a "política geral do PCC para resolver a questão de Taiwan na nova era".
"Devemos tomar medidas resolutas para nos opormos à 'independência de Taiwan' e promover a reunificação, manter a iniciativa e a capacidade de conduzir as relações através do Estreito e avançar inabalavelmente a causa da reunificação nacional", sublinhou o partido.
A situação em torno de Taiwan se agravou depois que a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha no início de agosto, em um movimento condenado pela China como um gesto provocativo de apoio ao separatismo. Em resposta, Pequim lançou exercícios militares em larga escala nas proximidades da ilha. No entanto, outras delegações de alto nível dos EUA visitaram Taiwan desde então.