Eleições 2022

Na reta final para eleições, campanha de Lula foca no Telegram para driblar bolha bolsonarista

A análise da equipe de Lula é que o aplicativo talvez não cumpra regras acordadas com o TSE para o pleito, entretanto, é importante nesta reta final maior presença petista, uma vez que o Telegram é usado em larga escala por bolsonaristas.
Sputnik
Na reta final para as eleições, a equipe do ex-presidente Lula está colocando todo gás na atuação petista no Telegram. Lula ocupou o grupo do deputado federal André Janones (Avante) – seu coordenador de campanha – na plataforma para orientar ofensiva nas redes sociais contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), relata a Folha de São Paulo.
Em áudio divulgado nesta terça-feira (25) e citado pela mídia, Lula diz que a "batalha é grande" e que ele precisa que cada pessoa "entre nesse debate nas redes".
"Temos que demonstrar quem é o Bolsonaro e o que ele representa ao povo brasileiro: salário menor, desemprego, cortes em programas sociais e retrocessos. Vamos ganhar as eleições chamando o povo para votar", diz o ex-presidente no áudio.
Entretanto, há forte receio por parte da equipe petista de que haja uma avalanche de ataques e fake news disparados por adversários nas redes, sobretudo pelo Telegram.
Vale lembrar que a plataforma tem forte presença entre eleitores bolsonaristas e diversos grupos ligados a temáticas do presidente, ou mesmo através de seus canais oficiais, contam com vasta lista de usuários.
De acordo com a mídia, a avaliação de integrantes da campanha é que o aplicativo não cumpriria o acordo feito com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como deveria, por isso, a preocupação é maior com a ferramenta.
Notícias do Brasil
TSE e Telegram formalizam acordo para combate às fake news
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), divulgou um vídeo na segunda-feira (24) no grupo de Lula no Telegram no qual incentiva que a militância participe do canal, e fez uma análise sobre a reta final da campanha. Segundo ela, as intenções de voto estão cristalizadas, com o cenário de votos imóvel tanto diante de Bolsonaro como de Lula.
Por ora, a linha geral da estratégia da equipe do petista é levar à televisão as propostas de Lula ligadas à economia e reforçar o risco que dizem que Bolsonaro oferece ao reajuste do salário mínimo.
De acordo com a pesquisa divulgada segunda-feira (24) pela Atlas Intel e citada pela revista Exame, o ex-presidente Lula tem 53% dos votos válidos, e o presidente Jair Bolsonaro 47%.
Comentar