Eleições 2022

Lula critica política externa de Bolsonaro e diz que se eleito fará reunião imediata com China e EUA

Nesta quinta-feira (27), em sabatina para diversos meios de comunicação, o ex-presidente Lula comentou sobre os passos imediatos que dará na política externa caso seja eleito e também sobre a ação levada ao TSE por Bolsonaro em relação a inserções de rádio.
Sputnik
Em entrevista para diversas mídias, o petista criticou a política externa do presidente, Jair Bolsonaro, e disse que o país está isolado, uma vez que o presidente é o "único contencioso" do Brasil.
Ao mesmo tempo, Lula afirmou, que se eleito, vai "imediatamente" procurar grandes parceiros comerciais do país para conversar e "reestabelecer" relações diplomáticas, segundo o jornal O Globo.
"Eu vou imediatamente fazer reunião com a União Europeia, com os Estados Unidos, com a China, com os países da América do Sul. Porque não é possível a gente viver num país em que o presidente não conversa com ninguém. Nem ninguém convida ele para viajar, nem ninguém quer vir aqui para o Brasil. O Brasil está isolado. Um país que não tem contencioso internacional com ninguém. O único contencioso é o Bolsonaro falando bobagem com outros países vizinhos, coisa que não é papel do presidente", afirmou o ex-mandatário.
O petista também comentou sobre a ação levada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela campanha de Bolsonaro contestando as inserções em rádios no Nordeste e classificou o ato como "choro".
"Eu não sei o estado psicológico do presidente, mas essas coisas da rádio são incompetência da equipe dele. Não temos nada a ver com isso. Ele está um pouco desesperado, percebeu que tem a possibilidade de perder a eleição", disse o petista citado pelo Correio Braziliense.
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A campanha do atual mandatário entrou com uma ação no TSE dizendo que oito rádios no Nordeste não estavam vinculando suas inserções e dando prioridade para o petista. No entanto, quatro rádios afirmaram ao jornal O Globo não terem recebido inserções produzidas pela equipe do presidente e, por isso, não divulgaram o material.
A rádio Extremo Sul, de Itamaraju (BA), por exemplo, afirmou que veiculou todo o material que recebeu, mas que o envio das peças por parte da campanha de Bolsonaro foi irregular.
"A campanha do Lula é a única que envia a programação para três dias. Por exemplo: nesta semana, mandou na segunda-feira. Hoje já vão mandar para fechar todos os dias. A do Bolsonaro às vezes mandava dia sim, dia não. E quando manda, manda a programação diária", disse o programador Jean Batatinha de Souza.
Ontem (26) o ministro Alexandre de Moraes, presidente do tribunal, rejeitou o pedido da campanha de Bolsonaro para investigar as supostas irregularidades em inserções de rádio. Em sua decisão, Moraes apontou tentativa do candidato à reeleição de tumultuar a disputa ao fazer acusações com provas "extremamente genéricas", de acordo com o UOL.
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