Panorama internacional

Banco Mundial: teto de preço do petróleo da Rússia precisaria de mais países para funcionar

O Banco Mundial vê a tentativa de implantar um teto de preço no petróleo russo como um mecanismo experimental que poderá ser contornado sem grande adesão internacional.
Sputnik
O plano do G7 de impor um teto de preço ao petróleo exportado pela Rússia precisa da participação de mais países para poder funcionar, concluiu o Banco Mundial no seu relatório sobre o mercado de mercadorias de outubro de 2022.
"O teto de preço do petróleo proposto pelo G7 poderia afetar o fluxo de petróleo da Rússia, mas é um mecanismo não testado e precisaria da participação de grandes mercados emergentes e economias em desenvolvimento para atingir seus objetivos", previu o relatório.
Segundo a publicação, a Rússia poderá enfrentar obstáculos significantes em exportar o petróleo, mas "os participantes do mercado podem encontrar formas de contornar as sanções, como aconteceu frequentemente com outros episódios de sanções".

Detalhes do plano

Em setembro o Grupo dos Sete, ou G7, composto por Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido, concordou que se esforçará para limitar o preço do petróleo russo para um mínimo estipulado pela organização. Os Estados-membros pretendem que o limite entre em vigor em 5 de dezembro, quando iniciar a proibição de exportação à Europa de quase todo o petróleo russo. No entanto, o valor final do teto de preço ainda não foi determinado.
Segundo o plano, as empresas bancárias, de seguros e de navegação serão proibidas de prestar serviços às empresas russas que vendem petróleo a um preço acima do limite estabelecido. No entanto, artigos publicados ao longo dos meses revelam que a Rússia e os clientes envolvidos no transporte de petróleo estão formando seus próprios leques de serviços e desviando as bases de operações da Europa para a Ásia, em aparente tentativa de evitar a venda do hidrocarboneto sob o teto de preço.
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