Milhares de pessoas se reuniram nas principais capitais da República Tcheca, nesta sexta-feira (28), para expressar insatisfação com a posição do governo em relação ao conflito na Ucrânia e pedir ações contra a alta inflacionária que assola o país.
Os protestos desta sexta-feira configuram a terceira rodada da onda de manifestações no país intitulada "Tchecos primeiro", iniciada em setembro.
Na capital do país, Praga, dezenas de milhares se reuniram na Praça Venceslau, no centro da cidade, segundo uma estimativa da polícia. Palestrantes discursaram criticando o que consideram uma "ajuda interminável" a Kiev, enquanto o custo de vida na República Tcheca aumenta exponencialmente.
Os organizadores do protesto também chamaram atenção para as sanções que se seguiram contra a Rússia, que dizem estar inadvertidamente prejudicando a economia tcheca e ameaçando empresas e trabalhadores no país.
Em Brno, a segunda maior cidade do país, havia cerca de 2 mil pessoas em uma manifestação semelhante, de acordo com a mídia local.
A inflação da República Tcheca chegou a 18% em setembro, a maior taxa anual registrada desde 1993.
Em sua conta no Twitter, o primeiro-ministro do país, Petr Fiala, divulgou um comunicado afirmando entender a revolta dos cidadãos. "Os últimos anos não têm sido fáceis para ninguém", escreveu Fiala.