As informações foram publicadas pelo jornal O Globo, que cita a liderança indígena Iaap Kaiabi. De acordo com a denúncia, neste momento, 124 eleitores indígenas do município de Querência (MT) estão voltando para as suas aldeias.
Isso ocorre porque o Cartório da 53ª Zona Eleitoral, na cidade, não mandou ônibus para buscar os eleitores da aldeia. O prefeito de Querência é o empresário Fernando Gorgen, do partido União Brasil e aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na última terça-feira (25), a presidente da Associação Terra Indígena Xingu (ATIX), Ianukula Kaiabi Suia, havia enviado um ofício ao chefe do cartório eleitoral, Tiago Cunha, pedindo garantias sobre o transporte de eleitores no segundo turno.
"Solicitamos que referido órgão garanta transporte coletivo aos eleitores indígenas que votam na circunscrição desse município, independentemente dos eventos diversos que possam vir", diz trecho do ofício.
O juiz auxiliar da presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso, Bruno Marques, disse que as chuvas atrapalharam o transporte.
"Por problemas de chuva que complicaram as estradas, os ônibus atrasaram, mas estão todos a caminho", comentou.
As denúncias envolvendo o transporte de eleitores seguem se acumulando no segundo turno das eleições do Brasil.
Mais cedo, líderes políticos de diferentes localidades afirmaram que agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão bloqueando a circulação de ônibus no Nordeste. De acordo com algumas denúncias, os policiais estão fazendo barricadas em estradas para impedir o deslocamento de eleitores.
Denúncias também foram registradas em Minas Gerais, envolvendo o transporte público de metrô, havendo descumprimento de ordem judicial e cobrança de passagem neste domingo (30).