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Justiça Federal determina desobstrução de rodovia no Rio de Janeiro

O juiz federal Iorio Siqueira D'Alessandri Forti expediu nesta segunda-feira (31) uma liminar que garante a proibição da obstrução da rodovia BR-393/RJ diante da mobilização de fechamento de vias promovida por caminhoneiros apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições de domingo (30) por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sputnik

"Sendo notório - porque amplamente divulgado em todos os jornais - o movimento de ocupação de rodovias em todo o Brasil por caminhoneiros, e tendo sido comprovada pela parte autora a concentração de caminhoneiros, defiro liminarmente a expedição de mandado proibitório para, com relação a toda a extensão da Rodovia BR-393/RJ", diz a decisão.

Em razão da expedição da liminar, a Justiça Federal estabelece que "todo e qualquer caminhoneiro ou pessoa em qualquer outro veículo, ou mesmo pedestres, abstenham-se de fechar total ou parcialmente ou depredar a rodovia (incluindo o acostamento), ou atuar (mediante ameaça, coação ou violência física) contra pessoa ou contra o veículo de pessoa que não queira aderir ao movimento".
Caso isso ocorra, a concessionária da rodovia a Kinfra — autora do pedido — está autorizada a proceder com "a remoção de pessoas, veículos e/ou objetos que obstruam o tráfego na rodovia, com uso de aparelhos e guinchos da autora ou com reforço policial".
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A BR-393 liga a cidade de Barra Mansa (RJ) a Cachoeiro de Itapemirim (ES), passando por cidades como Volta Redonda (RJ) e Três Rios (RJ).
Nesta segunda-feira (31), foram registrados pelo menos 70 bloqueios de caminhoneiros bolsonaristas no Distrito Federal e em 11 estados do país. Bolsonaro foi derrotado por Lula no segundo turno das eleições presidenciais, celebrado no domingo (30).
Conforme informou o Uol, o caminhoneiro Wallace Landim, o Chorão, gravou um vídeo nesta tarde para pedir que os companheiros de categoria cessem o fechamento de rodovias.
"Pessoal, não é o momento de parar esse país [...]. Vamos ter responsabilidade e lutar sempre. Mas pelo nosso segmento, pelo nosso país. Então, vamos aceitar. Isso é a democracia", disse o líder da categoria.
Lula obteve mais de 60,3 milhões de votos, o equivalente a 50,9% dos votos válidos e assumirá um terceiro mandato presidencial em 1º de janeiro de 2023. Bolsonaro ainda não admitiu publicamente a derrota, mas aliados e um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), já se pronunciaram sobre o ocorrido.
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