Nesta segunda-feira (31), foram registrados pelo menos 300 bloqueios de bolsonaristas em 25 estados do país e no Distrito Federal. Os bloqueios foram organizados por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na eleição de domingo (30).
O coordenador-geral de comunicação da PRF, Cristiano Vasconcellos, disse que a corporação trabalha para desmobilizar todos os atos nesta terça-feira. O efetivo foi reforçado por determinação do Ministério da Justiça.
"Mobilizamos mais ainda nosso efetivo para que a gente consiga fazer a desmobilização de todos os pontos. Tanto que, até o momento, nós já liberamos mais de 75 pontos no Brasil. Acreditamos e estamos trabalhando para que amanhã [terça-feira] não tenha mais nenhum local com mobilização", disse Vasconcellos, conforme informou a Folha de S.Paulo.
Os manifestantes não aceitam a vitória de Lula, que obteve mais de 60,3 milhões de votos, o equivalente a 50,9% dos votos válidos na eleição presidencial e assumirá um terceiro mandato presidencial em 1º de janeiro de 2023.
Bolsonaro ainda não admitiu publicamente a derrota, mas aliados e um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), já se pronunciaram sobre o ocorrido. O vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão reconheceu a vitória de Lula em conversa com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.
Na noite desta segunda-feira (31), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a PRF e as polícias militares atuem para garantir a desobstrução de rodovias ocupadas por bolsonaristas. A decisão, que prevê multa e prisão para o diretor da PRF em caso de descumprimento, foi referendada pela maioria do STF em sessão extraordinária na madrugada de segunda-feira (1º).