Segundo observa o artigo, as sanções impostas pela União Europeia à Rússia estão tendo o efeito oposto, que está se tornando cada vez mais evidente: a falta de recursos energéticos levou a um aumento nos custos de produção e a um crescimento acentuado dos preços, declínio da atividade empresarial, queda dos padrões de vida. Ao mesmo tempo, os EUA se aproveitaram da situação, não só vendendo combustíveis à região a preços mais elevados, mas também atraindo empresas europeias.
"Os EUA tentam se aproveitar da crise energética para maximizar os lucros. Vendo a verdadeira face do 'aliado', os europeus ficam preocupados e indignados", escreve a agência. Em particular, o presidente da França Emmanuel Macron queixou-se de que o preço do gás natural americano vendido à Europa é três a quatro vezes superior ao do mercado interno estadunidense.
Ao mesmo tempo, muitos analistas observam que Washington agora está transformando a "crise europeia" em uma "oportunidade" para a América, segundo notícia.
Há evidências de que a Lei da Redução da Inflação, que entrou em vigor nos EUA em agosto, poderia contribuir para a contração da produção industrial na zona do euro.
As autoridades da UE receiam que os benefícios fiscais nos EUA coloquem a Europa em desvantagem e forcem as empresas a acelerar as transferências da produção, ou seja, se desloquem para os EUA.
"O vazamento da riqueza das capacidades industriais para a América está alarmando a Europa […]. Alguns economistas e representantes da indústria alertam que a situação atual terá consequências de longo alcance […]", concluiu Xinhua.
Os países ocidentais enfrentam o aumento dos preços da energia e uma crescente inflação devido à imposição de sanções contra Moscou e à política de abandono dos combustíveis russos.