O Ministério da Defesa do Japão está considerando a instalação de mísseis hipersônicos até 2030 em meio às atuais "ameaças regionais" e na Ucrânia, relatou na quinta-feira (3) a revista japonesa Nikkei Asia.
Segundo o plano, Japão desenvolveria um plano trifásico para reforçar suas capacidades de dissuasão. Durante a primeira fase, Tóquio adquiriria mísseis de cruzeiro Tomahawk dos EUA. Já na segunda fase, o Japão modernizaria seus mísseis Type 12 de superfície para navios, aumentando seu alcance de 200 km para 1.000 km, a partir de 2026. Finalmente, seria implementada uma implantação de mísseis hipersônicos na terceira fase, que deverá ser atingida até 2030.
Espera-se que o possível destacamento de mísseis hipersônicos seja incluído na estratégia revista de segurança nacional do Japão como parte da capacidade de contra-ataque do país, de acordo com a Nikkei Asia. É previsto que a estratégia atualizada seja adotada até o final deste ano.
O Ministério da Defesa japonês solicitou até agora 5,595 trilhões de ienes (R$ 196,28 bilhões) no orçamento militar para o próximo ano fiscal, que iniciará em 1º de abril de 2023. Ele deverá ser o maior orçamento de defesa do país, mas não é considerado final, pois inclui apenas as despesas que as autoridades estão dispostas a divulgar. Espera-se que os gastos totais da defesa do Japão para o próximo ano fiscal cheguem a 6,5 trilhões de ienes (R$ 228,03 bilhões).
Os mísseis hipersônicos voam a uma velocidade de ao menos cinco vezes a velocidade do som, ou Mach 5, e voam em trajetórias mais complexas que os mísseis balísticos.