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Bolsonaro considera sair do país para não ter que passar faixa presidencial para Lula, diz mídia

O ato ficaria então para o vice-presidente, general Hamilton Mourão, uma vez que sem a presença do mandatário em território brasileiro, Mourão se torna o presidente interino.
Sputnik
A transição de governo começou oficialmente ontem (3) com a visita do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, ao Palácio do Planalto onde encontrou com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para iniciar o processo.
Entretanto, um dos atos mais tradicionais seguido por presidentes eleitos no país, o de passar a faixa da presidência para o vencedor, pode não acontecer no formato original.
De acordo com a Folha de São Paulo, o presidente, Jair Bolsonaro, tem dito a aliados que poderá viajar para o exterior para não passar a faixa para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de posse em 1º de janeiro.
O atual mandatário acredita que não estar em território brasileiro é a solução para que seu vice, Hamilton Mourão, realize a tarefa de participar da solenidade como presidente interino.
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A mídia relata que o motivo para a atitude de Bolsonaro é a revolta com o que encara como desigualdade de condições de disputa entre ele e Lula, especialmente devido a decisões da Justiça eleitoral.
Já Mourão, disse na terça-feira (1º) que tem "quase certeza de que o presidente vai" passar a faixa para o petista.
Bolsonaro segue com certa distância dos processos tradicionais pós-eleição. Ontem (3), quando o mandatário recebeu Alckmin por 20 minutos em seu gabinete, não permitiu a entrada dos petistas Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante que também estavam no Planalto para reunião com Ciro Nogueira, conforme noticiado.
O único exemplo recente de presidente que não passou a faixa para o sucessor foi o de João Figueiredo, que foi substituído na presidência por José Sarney em 1985.
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