Netanyahu e seus aliados de direita conquistaram um total de 64 assentos dos 120 disponíveis no Parlamento. Seu próprio partido, Likud, conquistou 32 cadeiras. Com esses números, espera-se que esse seja o governo mais de direita nos 74 anos de história do Estado judeu, relata o The Times of Israel.
Após a vitória, o embaixador dos EUA em Israel, Tom Nides, ligou para Netanyahu para parabenizá-lo afirmando que "estou ansioso para trabalharmos juntos para mantermos o vínculo inquebrável" entre Washington e Tel Aviv.
Entretanto, apesar da simpatia do embaixador, dois dias antes o governo Biden, através do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse que os EUA esperam que a nova gestão israelense respeite "os valores de uma sociedade aberta e democrática", incluindo os direitos das minorias, escreve o jornal.
"Esperamos que todos os funcionários do governo israelense continuem a compartilhar os valores de uma sociedade aberta e democrática, incluindo tolerância e respeito por todos na sociedade civil, particularmente por grupos minoritários", disse Price.
Endossando a preocupação com minorias, nomeadamente as ocupações na Cisjordânia, o secretário de Estado, Antony Blinken, também ligou para Israel, mas para falar com o primeiro-ministro de saída, Yair Lapid, no intuito de agradecer sua colaboração e alertar sobre o aumento das tensões.
O secretário "elogiou Israel por suas eleições livres e justas e agradeceu ao premiê por sua parceria", disse o Departamento de Estado em comunicado citado pela mídia.
Blinken também expressou "sua profunda preocupação com a situação na Cisjordânia, incluindo o aumento das tensões, violência e perda de vidas israelenses e palestinas, e ressaltou a necessidade de todas as partes reduzirem urgentemente a situação".
Lapid, por sua vez, admitiu a derrota e desejou sorte a Netanyahu "pelo bem do povo israelense", segundo o jornal.
"O Estado de Israel está acima de qualquer consideração política. Desejo boa sorte a Netanyahu para o povo de Israel e o Estado de Israel", afirmou o ainda primeiro-ministro.
Com todas as cédulas apuradas após a eleição nacional de Israel na terça-feira (2), Netanyahu controlará não apenas o maior partido do Knesset, mas está prestes a retornar ao poder liderando um bloco majoritário de 64 membros de seus aliados religiosos e de direita dentre os 120 assentos no Knesset.