A publicação aponta que o favorito é o general mais experiente: Julio Cesar de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC). Conselheiros do petista, no entanto, também sugerem o nome do general Tomás Paiva, comandante militar do Sudeste, revela o jornal.
O Estadão coloca ainda uma "lista de apostas" com outros dois nomes de generais. São eles o chefe do Estado-Maior do Exército, Valério Stumpf, e o comandante de Operações Terrestres, Estevam Theophilo, ambos também entre mais antigos e experientes para comandar o Exército.
Todos chegaram à mais alta patente de quatro estrelas em 2019: Arruda (março de 2019); Stumpf e Paiva (julho de 2019); e Theophilo (novembro de 2019).
Segundo a reportagem, conselheiros de Lula têm dito que o presidente "não deve inovar na escolha". Por isso, sugerem que o presidente eleito se limite à lista dos quatro mais antigos, já que Stumpf e Paiva dividem a segunda posição e ambos passariam à reserva na mesma época, em julho do ano que vem.
Atual comandante do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes, durante discurso após visita às obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), em São Desidério, na Bahia, em 11 de novembro de 2020
© Alan Santos / Palácio do Planalto / CCBY 2.0
Segundo a publicação, oficiais-generais da ativa e da reserva avaliam que Lula "distensionaria a relação com as Forças Armadas" ao nomear como comandantes os militares mais antigos tanto do Exército quanto da Aeronáutica e da Marinha. Este foi o critério que prevaleceu nos dois primeiros governos do petista, lembra o jornal.
De acordo com as regras das forças, Lula poderia escolher qualquer oficial general de Exército, da ativa e da reserva, desde que não tenha sido reformado. Porém, ele deve ficar entre os principais cotados para o posto, dando "um gesto" às Forças Armadas, escreve o jornal.
"Lula tem bom senso. O menor dos problemas dele são os militares. O comandante vai ser o mais antigo, considerando que ele já fez isso e deu certo, é a melhor coisa que tem", diz o general da reserva Paulo Chagas, crítico do petista, conforme informou o Estadão.
Começou na quinta-feira (3) a transição para o governo Lula. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), como coordenador de transição, se reuniu, no Palácio do Planalto, com sua equipe e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), que chefia os trabalhos pelo lado do governo Bolsonaro.