O interlocutor da agência afirmou que, embora a possível data dos testes nucleares da Coreia do Norte seja desconhecida, Washington tem um "alto grau de certeza" de que Pyongyang já realizou trabalhos preparatórios para isso.
"A China e a Rússia há muito tempo que se opõem ao programa nuclear da Coreia do Norte. Portanto […] consideramos e certamente esperamos que eles usem sua influência para forçar a Coreia do Norte a não realizar testes nucleares", disse o oficial.
Ontem (3), em comunicado conjunto, os EUA e a Coreia do Sul fizeram ameaças à Coreia do Norte e acertaram uma série de parcerias no âmbito militar. O secretário de Defesa estadunidense Lloyd Austin disse que os Estados Unidos estão comprometidos em impedir o uso de armas nucleares e em manter uma dissuasão eficaz.
Na quarta-feira (2), a Coreia do Norte lançou 23 mísseis de diferentes tipos em direção ao mar Amarelo e ao mar do Japão (também conhecido como mar do Leste). Um desses mísseis sobrevoou a fronteira marítima entre as duas Coreias pela primeira vez desde o fim da guerra de 1950-1953.
A Coreia do Norte se autoproclamou potência nuclear em 2005. O país conduziu testes nucleares subterrâneos em 2006, 2009 e 2012, o que provocou protestos da comunidade internacional. Desde o final de 2017, Pyongyang mantém uma moratória voluntária sobre estes testes. No entanto, nos últimos anos, a mídia sul-coreana e ocidental têm relatado repetidamente indícios de que a Coreia do Norte mantém locais de ensaios nucleares em estado operacional, efetua enriquecimento de urânio e, eventualmente, até estaria restaurando e aprimorando instalações nucleares desmanteladas.