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Gilmar Mendes determina depoimento imediato de Carla Zambelli sobre perseguição com arma

Ministro enfatizou a necessidade de imprimir celeridade na investigação dos fatos. Para isso, segundo ele, é necessário o depoimento imediato de Zambelli, que poderá ser feito por videoconferência, uma vez que a deputada está nos EUA.
Sputnik
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) preste imediatamente depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) em relação à perseguição armada protagonizada pela deputada na véspera da votação do segundo turno das eleições.
Na ocasião, Zambelli sacou uma arma e perseguiu um homem pelas ruas do bairro dos Jardins, em São Paulo. Ela alegou ter sido empurrada, mas um dos vídeos que registrou o episódio, no entanto, mostra a parlamentar tropeçando na calçada. Um inquérito policial foi aberto para investigar a deputada por porte ilegal e disparo de arma de fogo.
Gilmar Mendes enfatizou a necessidade de imprimir celeridade na investigação dos fatos. Para isso, segundo ele, é necessário o depoimento imediato de Zambelli, que poderá ser feito por videoconferência.
"Ainda que tal depoimento já tenha sido prestado em primeiro grau, a reinquirição da parlamentar pelo promotor natural do caso constitui medida útil ao regular desenvolvimento das investigações, razão pela qual deverá ser imediatamente realizada pela PGR, tendo em vista inclusive a relevância do caso e a necessidade de se imprimir um ritmo adequado a este procedimento investigativo, em observância à dimensão objetiva do princípio da razoável duração do processo", escreveu o ministro em sua decisão, segundo noticiou o G1.
O ministro acrescentou que, se o depoimento demorar, as investigações poderão prosseguir à revelia.
Eleições 2022
Carla Zambelli diz que votará armada e com colete à prova de balas
Carla Zambelli deixou o Brasil na última quinta-feira (3), embarcando em direção aos Estados Unidos. Antes da viagem, ela teve as redes sociais suspensas por determinação da Justiça por incentivar atos contra o resultado das eleições.
A viagem gerou uma onda de críticas nas redes sociais, por ter sido feita de maneira sigilosa, sem a revelação do destino nas primeiras horas. Posteriormente, a deputada se manifestou, por meio de nota.
"Não divulguei a viagem aos Estados Unidos simplesmente porque não tenho onde publicar, oras! A decisão que censurou todos os meus canais de comunicação, inclusive o WhatsApp, tem como objetivo controlar o fluxo de informações e conter uma das maiores vozes conservadoras da internet com mais de 9.520.000 seguidores em sete redes sociais. Estou cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas" disse Zambelli.
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