Panorama internacional

Irã critica 'ruído' do Ocidente após falar do envio de drones à Rússia antes do conflito na Ucrânia

Chancelaria iraniana lembra que há duas semanas atrás encontrou com autoridades ucranianas que "em cima da hora" não entregaram relatórios que mostravam uso de drones iranianos no conflito em curso.
Sputnik
Neste sábado (5), após o Irã anunciar que ofereceu drones à Rússia antes da operação militar especial na Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores iraniano condenou o "barulho" sobre o assunto feito pelo Ocidente dizendo que o envio está sendo mal interpretado, reporta a IRNA.

"Esse barulho feito por alguns países ocidentais de que o Irã forneceu mísseis e drones à Rússia para ajudar na guerra [operação] na Ucrânia – a parte do míssil está completamente errada. A parte dos drones é verdadeira e fornecemos à Rússia um pequeno número de drones meses antes da guerra [operação] na Ucrânia", afirmou o chanceler iraniano Hossein Amir Abdollahian.

O chefe do MRE também informou que chegou a um acordo com seu colega ucraniano, Dmitry Kuleba, para que Kiev fornecesse a Teerã evidências do uso de drones iranianos por Moscou.
Entretanto, ressalto que as duas autoridades tiveram "um encontro em um país europeu há duas semanas, mas infelizmente a delegação ucraniana não veio fornecer os documentos [sobre os drones] em uma decisão de última hora", relatou.
Panorama internacional
Irã critica posição silenciosa do Ocidente em meio aos ataques de Israel contra a Síria
Ao mesmo tempo, Abdollahian acrescentou que se Kiev "comprometer-se a cumprir sua promessa", as negociações sobre o assunto serão retomadas nos próximos dias, complementando que se Moscou usou drones iranianos no conflito, Teerã "não ficará indiferente a essa questão".
"Nossa posição sobre a guerra [operação] na Ucrânia é que o conflito termine, que as partes negociem novamente e que os refugiados voltem para suas casas", concluiu o ministro iraniano das Relações Exteriores.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores ucraniano, Oleg Nikolenko, reagiu a declaração de Abdollahian e disse que o chanceler estava espalhando "insinuações sobre uma suposta recusa do lado ucraniano" e acrescentou que "a Ucrânia é ensinada a confiar apenas em fatos", segundo o Swissinfo.
Comentar