"[Eles] nos espancaram, eu não conseguia andar. Eu tinha um capuz na cabeça, mas tínhamos que ir. Mãos amarradas... Eles nos abusaram moralmente. Eles nos eletrocutaram para que disséssemos quem estava localizado e onde, onde estavam as posições [dos nossos soldados]", disse um dos militares a jornalistas neste domingo (6).
Outro soldado disse que foram espancados até por pedirem um cigarro.
"Eles estavam nos dizendo que deveríamos ser enterrados vivos... Eles nos torturaram de todas as maneiras que puderam", acrescentou o soldado.
Na quinta-feira (3), o chefe da RPD, Denis Pushilin, anunciou uma troca dupla de 107 prisioneiros com Kiev, sendo 65 dos libertados da RPD e da República Popular de Lugansk (RPL).
Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia. O presidente Vladimir Putin chamou seu objetivo de "a proteção de pessoas que foram submetidas a abusos e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos".
O chefe de Estado salientou que o objetivo final é a libertação do Donbass e a criação de condições que garantam a segurança da própria Rússia.