Os militares ucranianos dispararam foguetes, fabricados nos EUA, na represa hidrelétrica de Berislav-Kakhovka, na região de Kherson, neste domingo (6). As autoridades locais informaram que uma das comportas da usina foi danificada.
Seis foguetes atingiram a estrutura, sendo que cinco foram interceptados pelas defesas aéreas russas. Kherson e outros nove assentamentos da região ficaram sem energia devido ao ataque terrorista na linha de energia.
"Como resultado do ataque terrorista na linha Berislav-Kakhovka, três postes de concreto armado de linhas de alta tensão foram danificados. Mais de dez assentamentos da região ficaram sem eletricidade", disseram as autoridades locais.
"As Forças Armadas da Ucrânia não estão desistindo de suas tentativas de destruir a barragem da usina hidrelétrica de Berislav-Kakhovka e criar as circunstâncias para um desastre humanitário", explica o comunicado das autoridades de Kherson.
Nas últimas semanas, Moscou culpou Kiev por tentar vários ataques à barragem hidrelétrica de Berislav-Kakhovka, que fica no rio Dniepre, próximo à cidade de Kherson.
As autoridades russas começaram a realocar civis da cidade e áreas na margem direita do Dniepre no mês passado.
O governador interino de Kherson explicou que havia um perigo imediato de inundação nos territórios devido à destruição planejada da hidrelétrica de Berislav-Kakhovka pelas forças ucranianas.
Na quinta-feira (3), o presidente russo, Vladimir Putin, disse que "aqueles que vivem em Kherson devem ser evacuados da zona de ação mais perigosa". Ele anunciou que "a população civil não deve sofrer bombardeios, qualquer tipo de ofensiva e contraofensiva e outras atividades relacionadas a operações militares".
A região de Kherson foi oficialmente declarada parte da Rússia no início de outubro, juntamente com a região de Zaporozhie e as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, depois que as pessoas nesses territórios apoiaram esmagadoramente a mudança em referendos.
Nas últimas semanas, os militares ucranianos tentaram repetidamente avançar sobre Kherson, mas todos esses ataques foram repelidos.
A Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, depois que as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk pediram ajuda para se defenderem das provocações ucranianas.
Em resposta à operação da Rússia, os países ocidentais lançaram uma ampla campanha de sanções contra Moscou e têm fornecido armas à Ucrânia.