O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sinalizou na noite da última segunda-feira (7) a intenção de retomar o horário de verão no Brasil, extinto pelo governo de Jair Bolsonaro em abril de 2019.
Lula lançou em sua conta no Twitter uma consulta popular sobre o retorno do horário de verão, que segue em aberto nesta terça-feira (8). Até as 11h, o percentual de favoráveis à medida era de 68%; 32% votaram contra.
O horário de verão foi extinto por Bolsonaro com base em uma recomendação do Ministério de Minas e Energia. A pasta apontara que o sistema trazia pouca efetividade na redução do consumo de energia, enquanto afetava o relógio biológico da população. A decisão do presidente foi alvo de críticas e elogios.
"As conclusões foram coincidentes. O horário de pico hoje é às 15 horas, e [o horário de verão] não economizava mais energia. Na saúde, mesmo sendo só uma hora, mexia com o relógio biológico das pessoas", disse Bolsonaro na ocasião.
O horário de verão é usado em vários países do mundo e tem como objetivo aproveitar a luz do sol durante a estação, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas, para economizar energia elétrica. A medida consiste em adiantar os relógios em uma hora.
O Canadá foi o primeiro país a adotar o horário de verão, em 1908. No Brasil, o sistema foi adotado pelo Decreto 20.466, assinado em 1931 por Getúlio Vargas.
Em setembro deste ano, diante da crise de energia na Europa, um grupo de cientistas italianos propôs estender o horário de verão europeu durante todo o ano. Segundo os cientistas, a medida reduziria as contas de luz e teria potencial para economizar cerca de € 1 bilhão (R$ 5,17 bilhões) nos primeiros dois anos.