De acordo com a pesquisadora sênior do Centro para Estudos Árabes e Islâmicos, Svetlana Babenkova, na segunda-feira (7), a Argélia apresentou oficialmente o pedido de adesão ao BRICS, que já conta com a participação do Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.
Além da Argélia, países como Argentina, Irã, Turquia, Indonésia, Arábia Saudita e Egito já demonstraram interesse em aderirem ao bloco.
"Em condições de mudanças políticas cardeais, que estão ocorrendo no mundo atualmente, o BRICS tem um papel cada vez mais importante. Uma ilha de estabilidade. Não é surpresa que mais e mais Estados querem se tornar membros. A Argélia é a última prova disso. O maior representante no Norte da África, graças à sua rica reserva de petróleo e gás, vê hoje a força no BRICS, capaz de resistir à influência do Ocidente", afirmou a especialista.
Além disso, a especialista ressaltou que, desde 2005, a Argélia faz parte da União Europeia como membro associado, mas, nos próximos dias, o país romperá as relações econômicas com a UE, por acreditar que a união de 17 anos tenha tido pouco sucesso.
"Acredito que a Argélia já se cansou da desigualdade nas relações com o Ocidente, já que ele sempre considerou o país sua matéria-prima", destacou a especialista.
O conselheiro do chanceler da Argélia, Saleh Boushah, confirmou à Sputnik que o país submeteu oficialmente candidatura para aderir ao bloco BRICS.
"Sim, ontem à noite enviamos uma mensagem oficial aos Estados-membros do BRICS sobre o desejo de aderir à aliança. Esperamos uma análise rápida de nossa solicitação", afirmou.