Grandes paralisações aconteceram, nesta quarta-feira (9), na Bélgica e na Grécia e, na quinta-feira (10), estão previstos transtornos na França e no Reino Unido, onde os sindicatos dos enfermeiros também votaram pela primeira vez em mais de um século a favor de uma greve.
Na França, centrais sindicais convocaram para quinta-feira (10) uma greve nacional de um dia que deve paralisar o transporte na capital, Paris, em protesto contra a inflação.
A paralisação foi combinada com uma convocação à mobilização nacional pelo mais influente dos sindicatos, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), relata a Rádio França Internacional. Os manifestantes pedem aumento do salário mínimo e a indexação dos salários à inflação.
A Europa enfrenta um aumento exponencial dos custos de energia no momento em que se aproxima o inverno (no Hemisfério Norte). Segundo a publicação, países convivem com uma inflação de 10%, "em um quadro explosivo que gera impaciência e preocupação na população".
Os sindicatos belgas convocaram uma greve nacional para proteger o poder aquisitivo dos salários, com suspensão do serviço ferroviário e os supermercados fechados.
Na Grécia, protestos contra o aumento dos preços ao consumidor tomaram as ruas. Em Atenas, houve suspensão total do serviço de ônibus, bondes, metrôs, trens e táxis. As conexões marítimas entre a Grécia continental e as ilhas dos mares Egeu e Jônico também foram suspensas.
No Reino Unido, o Royal College of Nursing (RNC), que representa quase meio milhão de enfermeiros, anunciou a aprovação da primeira greve nacional em seus 106 anos de história.
Na Espanha, a Plataforma em Defesa do Transporte, um grupo de autônomos e pequenas empresas de transporte de mercadorias, pediu a paralisação das atividades para a próxima segunda-feira (14). O setor havia encenado uma dura greve de 20 dias em março.