Panorama internacional

Com inflação alta, França, Bélgica, Reino Unido e Grécia enfrentam greves em setores críticos

Manifestação número 14 dos coletes amarelos em Paris, França, em 16 de fevereiro de 2019
Sindicatos em ao menos quatro países europeus realizam greves nesta quarta (9) e quinta-feira (10), exigindo melhores salários para enfrentar a queda do poder aquisitivo devido à forte inflação.
Sputnik
Grandes paralisações aconteceram, nesta quarta-feira (9), na Bélgica e na Grécia e, na quinta-feira (10), estão previstos transtornos na França e no Reino Unido, onde os sindicatos dos enfermeiros também votaram pela primeira vez em mais de um século a favor de uma greve.
Na França, centrais sindicais convocaram para quinta-feira (10) uma greve nacional de um dia que deve paralisar o transporte na capital, Paris, em protesto contra a inflação.
A paralisação foi combinada com uma convocação à mobilização nacional pelo mais influente dos sindicatos, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), relata a Rádio França Internacional. Os manifestantes pedem aumento do salário mínimo e a indexação dos salários à inflação.
A Europa enfrenta um aumento exponencial dos custos de energia no momento em que se aproxima o inverno (no Hemisfério Norte). Segundo a publicação, países convivem com uma inflação de 10%, "em um quadro explosivo que gera impaciência e preocupação na população".
Caixa exibe várias notas de dólar americano e libra esterlina para uma fotografia dentro de uma loja de câmbio no centro de Londres, 4 de outubro de 2016
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Os sindicatos belgas convocaram uma greve nacional para proteger o poder aquisitivo dos salários, com suspensão do serviço ferroviário e os supermercados fechados.
Na Grécia, protestos contra o aumento dos preços ao consumidor tomaram as ruas. Em Atenas, houve suspensão total do serviço de ônibus, bondes, metrôs, trens e táxis. As conexões marítimas entre a Grécia continental e as ilhas dos mares Egeu e Jônico também foram suspensas.
No Reino Unido, o Royal College of Nursing (RNC), que representa quase meio milhão de enfermeiros, anunciou a aprovação da primeira greve nacional em seus 106 anos de história.
Na Espanha, a Plataforma em Defesa do Transporte, um grupo de autônomos e pequenas empresas de transporte de mercadorias, pediu a paralisação das atividades para a próxima segunda-feira (14). O setor havia encenado uma dura greve de 20 dias em março.
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