Ciência e sociedade

Achados e enterrados: arqueólogos no México tapam túnel asteca por falta de fundos

Funcionários do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México foram forçados a ocultar um monumento histórico por falta de financiamento para continuar o projeto.
Sputnik
Pesquisadores no México descobriram um túnel arqueológico peculiar na periferia da Cidade do México, que tiveram novamente de enterrar, escreve na quarta-feira (9) o portal Science Alert citando o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México.
Foi encontrado no local um túnel construído há séculos como parte do Albarradón de Ecatepec, um sistema de controle de inundações composto de diques e cursos d'água, construído para proteger a então cidade de Tenochtitlan, capital asteca, da subida do nível de água.
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No entanto, os arqueólogos do INAH foram forçados a anunciar que, devido à falta de fundos para a construção adequada da exposição e a proteção da estrutura, a seção do túnel terá que ser enterrada novamente, para protegê-la de ladrões ou vândalos.
O túnel foi descoberto em 2019 e seu comprimento é de apenas 8,4 metros, mas é parte do monumento maior de Albarradón de Ecatepec, que tinha um comprimento de quatro quilômetros. Durante a pesquisa no túnel foram encontrados 11 símbolos grafia pré-hispânica, apesar de a arquitetura encontrada ter sido da Espanha, sugerindo a existência de modificações após o início da colonização.
Os conquistadores espanhóis não entenderam o sistema de túneis desenhado para evitar inundações causadas por fortes chuvas quando chegaram no séc. XVI, e nos primeiros anos da colonização destruíram grande parte da infraestrutura. Os sistemas de controle de inundação foram reparados ou construídos no início do séc. XVII.
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