Ao ser questionado se a assistência continuaria "ininterrupta", Biden disse aos jornalistas que "essa é a minha expectativa", enquanto respondia às acusações de alguns parlamentares do Partido Republicano de que a ajuda dos EUA à Ucrânia tem sido excessiva.
"E a propósito, não demos à Ucrânia um cheque em branco. Há muitas coisas que a Ucrânia quer e que nós não fazemos", notou Biden na quarta-feira (9), observando que Kiev solicitou que as aeronaves dos EUA defendessem seu espaço aéreo.
"Eu disse não, não vamos fazer isso. Não vamos desencadear uma terceira guerra mundial, enfrenar aviões russos e se envolver diretamente", continuou ele, acrescentando que Washington também se recusou a fornecer certas armas de longo alcance "porque não quero que comecem a bombardear território russo".
Antes da eleição de meio de mandato desta semana, o líder republicano da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, prometeu que Kiev não receberia mais "cheque em branco" se seu partido assumisse o controle do Congresso.
A Rússia tem denunciado os países ocidentais, especialmente os aliados dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), pelo envio contínuo à Ucrânia de bilhões de dólares em armas. Moscou ressalta que esse apoio militar e financeiro apenas prolonga o conflito. O Kremlin também alerta que qualquer carregamento de armas enviado à Ucrânia é alvo legítimo para as Forças Armadas russas.