O objetivo da iniciativa citada por Josep Borrell é melhorar a capacidade do bloco de transferir rapidamente grandes quantidades de equipamentos militares e tropas para suas fronteiras mais distantes.
Borrell anunciou o plano durante uma coletiva, e afirmou que o bloco deve adaptar suas políticas de defesa em resposta ao novo clima de segurança na Europa, pois "a guerra está de volta às nossas fronteiras".
O principal diplomata da UE ainda acusou a Rússia de minar "a paz e o sistema internacional baseado em regras".
Borrell destacou que atualmente não há infraestrutura ferroviária ou rodoviária especializada para apoiar a transferência de grandes quantidades de recursos militares de um lado do bloco para o outro.
O diplomata especificou que a UE deve melhorar "sua capacidade de mover tropas e equipamentos rapidamente".
"Para nossa fronteira externa, mas também para além de nossas fronteiras externas, quando desdobramos nossas missões militares em todo o mundo", disse ele.
Como parte desta ação de mobilidade militar, Borrell propôs a construção de pontes, túneis e trens, e observou que o conflito militar em curso entre a Rússia e a Ucrânia "mostrou claramente que isso importa muito".
O diplomata também enfatizou a necessidade de melhorar a cooperação da UE com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e países como Ucrânia e Moldávia, além de estar pronto para implantar forças nessas regiões. A Comissão Europeia reservou US$ 1,71 bilhão (R$ 6,25 bilhões) para este projeto até 2027.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, já havia denunciado que a UE se transformou em uma organização militar que atua no interesse dos EUA e da OTAN.