No entanto, o diplomata russo destacou que entre as várias forças políticas da União Europeia (UE) gradualmente surge "cada vez mais senso comum sobre o quão caro é a Europa ter uma russofobia desenfreada".
"Constatamos que, na atual etapa, vários países ocidentais, que estão entre os responsáveis externos do regime de Kiev, não estão interessados em uma solução diplomática da situação", declarou Buyakevich, acrescentando que "não é coincidência que os países da OTAN continuam a inundar a Ucrânia com armas, incluindo equipamentos, para os quais a competência dos combatentes das formações ucranianas não é suficiente e requer equipes de 'instrutores' e mercenários estrangeiros".
De acordo com Buyakevich, desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, os militares dos EUA "se envolveram ativamente no planejamento e no comando efetivo das operações de combate".
O vice-representante russo ressaltou também que as tarefas do Ocidente coletivo na Ucrânia "não são tanto para fortalecer as formações ucranianas militarmente como para testar o equipamento e os padrões da OTAN em condições de combate contra armas russas".
"No contexto de enormes perdas das Forças Armadas da Ucrânia, antes de mais nada, isso sugere a atitude de uso dos habitantes da Ucrânia: somente em outubro, as perdas de unidades ucranianas totalizaram mais de 12 mil homens. Para o Ocidente, eles são apenas material descartável que é jogado na fornalha da luta geopolítica com a Rússia. A situação na Ucrânia é apenas um dos seus elementos", declarou o vice-representante permanente da Rússia na OSCE.
Ao mesmo tempo, segundo ele, "entre as várias forças políticas da União Europeia, há gradualmente mais senso comum sobre o quão caro é para a Europa a russofobia ensandecida e apoio cego do regime de Kiev".
Referindo-se à situação na Ucrânia, Buyakevich notou que a Rússia está "pronta para um diálogo substancial, tendo em conta os seus interesses".