Panorama internacional

EUA receiam que situação econômica tensa possa alterar rumo da Europa contra Rússia, diz jornal

Em meio à deterioração da situação econômica na Europa, a liderança dos EUA teme que os países europeus não mantenham o seu compromisso para apoiar as sanções contra Moscou, escreve Politico.
Sputnik
"Autoridades dos EUA baseadas na Europa estão emitindo avisos internos aos colegas em Washington de que alguns países com populações que apoiam a Rússia estão ficando indignados com as sanções e culpam os EUA pelo aumento dos custos. Esse sentimento poderia pressionar os líderes europeus a retirar o apoio às sanções", escreve o jornal.
De acordo com dois altos funcionários, essas preocupações desencadearam uma enxurrada de telefonemas para a administração dos EUA, onde foi discutido como fazer com que os líderes europeus se mantivessem alinhados com a estratégia de Washington.
Crescentes preocupações econômicas levaram a protestos em várias cidades europeias devido ao aumento da inflação e o alto custo do aquecimento à medida que as temperaturas descem. Isso afeta os governos locais, obrigando-os a pensar em como resolver seus próprios problemas em vez de apoiar a Ucrânia, ressalta jornal.
Um dos funcionários dos EUA disse na condição de anonimato que "as coisas estão mantendo-se estáveis por agora", acrescentando, contudo, que "é uma situação instável".
Na semana passada, Peter Szijjarto, ministro das Relações Exteriores da Hungria, afirmou que as sanções contra a Rússia não alcançaram nenhum dos objetivos declarados da União Europeia (UE) e só saíram pela culatra prejudicando as economias dos países-membros.
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Em particular, o chanceler relatou que em 2021 o seu país pagou € 7 bilhões (R$ 36,2 bilhões) pelas importações de recursos energéticos, mas tem que pagar € 19 bilhões (R$ 98,4 bilhões) este ano. "Isso é imenso. E este é o resultado de uma política de sanções fracassada", concluiu.
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