Em uma disputa acirrada, a senadora Catherine Cortez Masto conseguiu a reeleição no estado de Nevada, segundo projeção do Edison Project, e assegurou a 50º cadeira para os democratas na casa legislativa.
O partido do presidente seguirá soberano no Senado, apesar da disputa ainda em aberto na Geórgia — onde o senador democrata Raphael Warnock enfrentará o republicano Herschel Walker no segundo turno em 6 de dezembro.
A cadeira ocupada pela vice-presidente Kamala Harris assegura maioria de 51 senadores para os oficialistas.
Na Câmara dos Representantes, o comando ainda está indefinido, mas projeção divulgada pela NBC News indica que o Partido Republicano deve conquistar a maioria por três cadeiras.
Apesar da possibilidade real de perder a Câmara, os democratas ainda comemoraram seu sucesso em conter as derrotas previstas e evitar uma "onda vermelha" na casa legislativa.
Afonso de Albuquerque, cientista político e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), avaliou, em entrevista ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, que "essas eleições foram surpreendentemente benevolentes em relação à administração Biden".
"É um mandato bastante mal avaliado, e, nesse sentido, os democratas tinham apreensões grandes em relação ao que seria o resultado das eleições, mas aparentemente esses resultados não se refletiram nas urnas", comentou.
Para ele, essa "benevolência" não fez de Biden "o vencedor das eleições", assim como o ex-presidente Donald Trump. Em sua avalição, não houve vencedores neste pleito, que serviu para acirrar a polarização no país. "Pode ter havido algum nome de sucesso ou outro, mas não há lideranças" entre republicanos e democratas, disse.