O país está voltado para resolver esse problema, segundo informou o vice-chanceler russo na ONU, Sergei Vershinin, neste sábado (12).
"Do meu ponto de vista, reconectar o Rosselkhozbank [ao SWIFT], que processa a maioria das transações agrícolas, é uma questão fundamental. Na verdade, sem isso, simplesmente não podemos avançar. Já discutimos esse assunto antes, conversamos muito sobre isso substancialmente e longamente ontem", disse o diplomata comentando os resultados das negociações de sexta-feira (11).
Segundo Vershinin, os representantes da ONU garantiram à delegação russa que consideram o assunto "vital".
A Rússia também está considerando a criação de contas correspondentes no Citibank e no JPMorgan, mas apenas como uma medida temporária, disse Vershinin, enfatizando que a única "solução real" é uma reconexão completa do Banco Agrícola Russo ao SWIFT.
No final de outubro, o embaixador russo na Turquia, Aleksei Yerkhov, disse que a Rússia não pode receber pagamentos por mercadorias entregues sob o acordo de grãos mediado pela ONU, pois as instituições financeiras russas foram cortadas do sistema SWIFT depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia, em fevereiro.
O SWIFT é uma plataforma que conecta cerca de 11 mil instituições financeiras em mais de 200 países e serve como base do sistema financeiro internacional.
Após o início da operação russa na Ucrânia, vários países abasteceram a Ucrânia com armas e adotaram sanções contra Moscou, incluindo o fechamento do espaço aéreo para as companhias aéreas russas e a paralisação das reservas internacionais do seu banco central.
Essas medidas contra Moscou provocaram o aumento dos preços mundiais do petróleo, gás e fertilizantes, além de criar um impacto negativo nas economias dos EUA e dos países da União Europeia.