O orçamento militar do Reino Unido cairá em termos reais, mesmo com um aumento nominal pelo atual governo de Rishi Sunak, informa o jornal britânico The Telegraph, citando o think tank Instituto de Serviços Unidos Real.
Como indica na sexta-feira (11) o The Telegraph, o Tesouro britânico anunciará na próxima semana que todos os gastos departamentais para os próximos dois anos permanecerão como acordado na perspectiva geral de gastos de 2021, o que aumentaria o valor dos gastos militares de 47,9 bilhões de libras (R$ 300,69 bilhões, na conversão atual) em 2022 para 48,6 bilhões de libras (R$ 305,09 bilhões, na conversão atual) em 2024, um aumento de 1,5% em dois anos.
No entanto, a inflação anual, atualmente de 10,1%, corroerá esses incrementos, destacou a mídia.
Liz Truss, anterior primeira-ministra, prometeu aumentar os gastos com a defesa para 3% do PIB até 2030. Em 2 de novembro Ben Wallace, secretário de Defesa do Reino Unido, passou a considerar esse objetivo como "aspiracional", dando a ideia que ele não será atingido. Atualmente o Reino Unido gasta um pouco mais de 2% do PIB na área militar.
Em 3 de novembro, o Banco da Inglaterra aumentou a taxa de juros de referência em 75 pontos base para 3%, o nível mais alto desde outubro de 2008, quando era de 4,5%. A entidade prevê que a economia britânica permaneça em recessão ao longo de 2023 e da primeira metade de 2024.
Em outubro, o Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido disse que a inflação anual no Reino Unido em setembro acelerou para 10,1% de 9,9% em agosto, o que é o valor mais alto desde fevereiro de 1982. É projetado que a inflação aumente para 11% no quarto trimestre de 2022.