"A OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] é uma organização que não consegue viver sem um inimigo. Sem inimigo ela morrerá. O mais importante é criar a imagem de um inimigo, movendo-se para as fronteiras deste potencial inimigo", observou o diplomata.
"Agora eles declararam a Ásia uma zona de interesse da Aliança, e a zona de sua defesa já foi empurrada para as fronteiras da China", disse o vice-chanceler russo.
Em relação à crise na Ucrânia, Grushko declarou que apenas um louco pode agora pensar na adesão da Ucrânia à OTAN.
"Isso é se procedermos do comportamento racional do Ocidente, mas ele [o comportamento] é irracional", disse o diplomata à agência.
Mesmo antes da cúpula da OTAN de Bucareste de 2008, na qual foi decidido que a Ucrânia e a Geórgia poderiam se tornar membros do bloco, a Rússia alertou para o perigo desse passo, salientou o diplomata.
Segundo ele, a OTAN está se esquecendo do princípio de que ninguém pode garantir a sua segurança à custa da segurança dos outros.