Conforme escreveu o colunista Con Coughlin, do Telegraph, o Ocidente teme que as armas modernas fornecidas à Ucrânia acabem em "mãos erradas".
"Essa preocupação sobre o destino das armas fornecidas à Ucrânia tornaram a tarefa de armar as forças de Kiev uma questão delicada: por um lado, o Ocidente pretende fornecer à Ucrânia os meios para alcançar a vitória, por outro lado, não querem que essas armas sejam usadas contra eles no futuro, seja militar ou civil", disse o autor do artigo.
Em sua opinião, esse dilema está se tornando especialmente difícil devido ao "crescente desespero dos líderes ucranianos" que pedem cada vez mais suprimentos de armas ocidentais. Coughlin argumenta que os países não devem "prejudicar nossas próprias forças armadas" com a assistência militar a Kiev.
No contexto da operação especial russa na Ucrânia, os Estados Unidos e seus aliados da OTAN estão abastecendo Kiev com suprimentos de armas. Os planos de assistência custam dezenas de bilhões de dólares.
Moscou , por sua vez, afirmou repetidamente que o fornecimento de armas ocidentais apenas prolonga o conflito, e o transporte de armas se torna um alvo legítimo do exército russo.
Conforme informou informou o The Wall Street Journal, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, aconselhou o presidente ucraniano Vladimir Zelensky a considerar uma posição de negociação "realista" em possíveis conversas com a Rússia.
Sullivan transmitiu a mensagem de que Zelensky e seus funcionários deveriam formular demandas e prioridades realistas para as negociações, possivelmente reconsiderando seu objetivo declarado de restaurar o controle sobre a Crimeia.