O anúncio foi feito pelo Exército dos EUA nesta segunda-feira (14), citando a necessidade de enviar os projéteis para a Ucrânia.
"O Exército dos EUA concedeu várias opções de contrato, no valor de US$ 520,814 milhões [cerca de R$ 2,77 bilhões], em 21 de outubro e 2 de novembro de 2022, à Lockheed Martin para [foguetes de] Sistema de Foguete de Lançamento Múltiplo Guiado [GMLRS], a fim de reabastecer o [estoque de] GMLRS do inventário do DoD [Departamento de Defesa dos EUA] para a Ucrânia", disse o Exército dos EUA.
Os foguetes de GMLRS são disparados por Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars, na sigla em inglês), recentemente negados pelos EUA à Ucrânia, alegando problemas de abastecimento em sua indústria bélica.
A imprensa norte-americana noticiou que o país enfrenta dificuldades para manter o fornecimento de armas à Ucrânia. No último dia 15, a Fox News havia relatado as dificuldades. No dia 19, o portal Politico informou que "os EUA vão acelerar a produção de Himars", destacando a defasagem na produção dos lançadores de mísseis.
No dia 23, a revista The New Yorker, citando uma fonte do Pentágono, escreveu que os Estados Unidos não fornecerão à Ucrânia um grande número de Himars devido à capacidade industrial limitada.
O governo dos EUA, segundo a publicação, teria dito à Ucrânia que eles "não receberão muitos desses sistemas", pois eles "não existem em quantidades ilimitadas no planeta Terra". Conforme observado no artigo, cada lançador custa aproximadamente US$ 7 milhões (R$ 36,13 milhões).
Segundo especialistas, a Ucrânia gasta mais de 5 mil mísseis por mês, enquanto a fabricante Lockheed Martin produz apenas 9 mil unidades por ano.
Um novo pacote de assistência de segurança dos EUA à Ucrânia, totalizando US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões), foi autorizado na última quinta-feira (10).
A nova remessa de ajuda militar norte-americana inclui sistemas de defesa aérea e rodadas de artilharia, segundo anunciou Sabrina Singh, vice-secretária de imprensa da Casa Branca.
O novo pacote inclui mísseis para sistemas de defesa aérea Hawk; quatro sistemas de defesa aérea Avenger; 192 mísseis Stinger; munição adicional para Himars; 21 mil munições de artilharia de 155 mm; 500 munições de artilharia de 155 mm guiadas com precisão; e 100 Veículos Automóveis Multifunção de Alta Mobilidade (HMMWV, na sigla em inglês), bem como equipamentos de demolição para remoção de obstáculos e equipamentos de proteção contra clima frio, acrescentou Singh.
Após o início da operação especial russa para libertar Donbass dos nacionalistas ucranianos, os Estados Unidos e a União Europeia alocaram bilhões de dólares em armas às Forças Armadas da Ucrânia.
Moscou observou repetidamente que o Ocidente está tentando prolongar o conflito na Ucrânia. O Ministério da Defesa enfatizou que os armazéns com munição estrangeira se tornariam alvos legítimos da Força Aeroespacial russa.