Panorama internacional

Pentágono considera investir na mineração canadense como estratégia para superar China

Os minerais estão se tornando um problema de segurança nacional graças à transição de matriz energética, que depende em muito do lítio, para produção de baterias como as de celulares, tablets e eletrônicos em geral. Enquanto os EUA não produzem lítio suficiente, a China controla dois terços da capacidade mundial de processamento do mineral.
Sputnik
Os militares dos EUA estão avaliando a possível participação em projetos de mineração canadenses, informou a mídia norte-americana.
Segundo a matéria, o Pentágono já recebeu centenas de milhares de dólares sob a Lei de Produção de Defesa de 1950 invocada pelo presidente Joe Biden. Essa lei permite o uso de recursos públicos em indústrias-chave consideradas essenciais para a segurança nacional.
A decisão se baseia, em certa medida, em pesquisas realizadas pela Casa Branca no ano passado que alertou que a dependência dos EUA de produtos fabricados no exterior é uma ameaça à segurança nacional. O documento listava semicondutores, baterias e mais de 50 tipos de minerais.
Os EUA não possuem capacidade para produzir lítio e outros minerais suficientes para satisfazer as necessidades de sua indústria de alta tecnologia. Atualmente, existe apenas uma mina de lítio nos EUA e sua produção representa apenas 1% da produção global de lítio.
Essa política vem como parte de uma rivalidade sino-americana mundial, que recentemente levou o governo canadense a banir empresas chinesas de sua indústria de mineração. Atualmente, os EUA buscam ser o mais economicamente independentes possível da China, já que a potência asiática é vista como a principal rival de Washington.
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