"A declaração em questão abrange todas as áreas discutidas – alimentação, energia e saúde. Nossos colegas ocidentais tentaram de todas as maneiras politizar esta declaração e tentaram passar formulações que implicariam a condenação das ações da Rússia em nome de todos os vinte [países], ou seja, de nós próprios", disse Lavrov aos jornalistas.
Na cúpula do G20, os EUA e seus aliados acusaram a Rússia de "agressão sem provocação" contra a Ucrânia, disse o chanceler russo.
"Quanto ao tema da Ucrânia, tanto os EUA como seus aliados têm sido bastante agressivos em suas conversações de hoje, acusando a Rússia de 'agressão sem provocação contra a Ucrânia'", disse Lavrov.
Segundo o ministro, quanto mais os países ocidentais dizem "agressão sem provocação", mais todos entendem que "a agressão é exatamente provocada por eles".
O ministro das Relações Exteriores da Rússia afirmou que Moscou não se recusa de negociar com a Ucrânia.
"Temos repetidamente confirmado através das palavras do presidente [Vladimir Putin] que não recusamos negociações, se alguém está se recusando é a Ucrânia. E quanto mais tempo ela recusar, mais difícil será negociar", ressaltou Lavrov.
O diplomata russo disse também que o Ocidente continua fornecendo armas à Ucrânia e apoiando-a militarmente, embora os líderes europeus digam que é necessário avançar para um acordo pacífico.
"A União Europeia e a OTAN têm sido há muito tempo participantes híbridos do conflito híbrido, da guerra híbrida na Ucrânia, isto é, [realizando] fornecimento de armas, treinamento e formação dos militares […]. No que diz respeito à decisão concreta da UE de lançar esta missão de treinamento militar, há algum tipo de bifurcação da mente", disse Lavrov aos jornalistas em coletiva de imprensa após a cúpula do G20.
Ele acrescentou que a União Europeia e a OTAN também fornecem à Ucrânia dados de inteligência, e os EUA participam na definição de alvos.