Notícias do Brasil

MPF pede afastamento do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal por uso indevido do cargo

O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro pediu o afastamento de Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), por 90 dias.
Sputnik
De acordo com informações divulgadas pelo site G1 nesta terça-feira (15), os procuradores apontam que Silvinei fez uso indevido do cargo que atualmente ocupa.
O MPF listou situações durante a campanha eleitoral nas quais, segundo o entendimento dos procuradores, o diretor pediu votos irregularmente para o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições presidenciais pelo seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"A vinculação constante de mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de comunicação e rede social privada, mas aberta ao público em geral, tudo facilmente acessível na Internet, sempre associando a própria pessoa do requerido à imagem da instituição PRF e, concomitantemente, à imagem do chefe do Poder Executivo federal e candidato a reeleição [...], denotam a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposições de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais", escreveu o Ministério Público.

Notícias do Brasil
Mídia: isolamento de Bolsonaro irrita PL e causa temor de que presidente perca força como oposição
Além disso, o pedido de afastamento lembra que Vasques pediu voto para Bolsonaro na véspera do segundo turno das eleições, que ocorreu em 30 de outubro.

"Não é possível [...] dissociar da narrativa desta inicial a possibilidade de que as condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral]", diz o texto.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar blitze da PRF em estradas e rodovias no dia do segundo turno.
Contrariando uma determinação do TSE, agentes pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores. A corporação alega que fiscalizou questões técnicas dos veículos. A maior parte desses bloqueios ocorreu na região Nordeste do país.
Notícias do Brasil
Especialista minimiza impacto de ausência de Bolsonaro e Lula em cúpula do G20
Comentar