"Nada indica que tenha sido um ataque deliberado à Polônia. O fato de que um míssil tenha caído em nosso território não foi um ato deliberado. Esse míssil não foi dirigido contra à Polônia. Não foi um ataque à Polônia", disse Duda nesta quarta-feira (16) aos jornalistas.
O líder polonês declarou também que era altamente provável que o míssil que caiu no território da Polônia pertencesse à defesa antiaérea da Ucrânia.
"Muitas coisas indicam que há uma alta probabilidade de que seja um míssil que serviu como defesa antimíssil, que foi usado pelas forças de defesa ucranianas", disse Duda aos jornalistas.
Ele notou também que não tinha evidências de que o míssil que caiu na Polônia tivesse sido lançado pelos militares russos.
"Quem foi o responsável pelo lançamento deste míssil? Não temos nenhumas provas de que o míssil tenha sido disparado pelo lado russo", disse presidente polonês.
O premiê da Polônia Mateusz Morawecki, após o incidente com o míssil, disse que provavelmente não havia necessidade de aplicar o artigo 4 da OTAN.
Esta cláusula do tratado principal da Aliança estipula que, se um Estado-membro se sentir ameaçado em sua integridade territorial e soberania, ele pode iniciar consultas com outros membros dentro da OTAN.
"Posso dizer que a maioria das evidências que coletamos até agora indica que pode não ser necessário aplicar o artigo 4 desta vez. Mas este instrumento está sempre em nossas mãos", disse Morawecki.
Na noite de ontem (15) a mídia polonesa informou sobre a queda de um míssil na Polônia, na região fronteiriça com a Ucrânia. Na sequência do ocorrido, morreram duas pessoas.