Em declaração dada aos líderes do G20 na abertura da cúpula, Bach disse condenar a politização do esporte e pediu aos líderes do G20 que apoiem a neutralidade política. O presidente do COI disse ainda que o objetivo fundamental dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é "reunir o mundo inteiro em uma competição pacífica, sem qualquer tipo de discriminação".
Destacando o boicote sofrido por atletas russos, Chernyshenko avalia que "a declaração [...] [de Bach] afirmando que o esporte internacional não deve se tornar uma ferramenta para alcançar objetivos políticos está longe de ser sincera".
"O discurso de Bach no G20 é pouco mais que uma fachada, uma tentativa de ocultar os atos contínuos e politicamente motivados do COI. A ausência de qualquer proposta concreta do COI para garantir a aplicação dessa reivindicação durante a reunião do G20 é a prova direta disso", apontou Chernyshenko.
"Em menos de um ano, graças a Bach e outros funcionários, os atletas russos foram suspensos de todas as competições internacionais possíveis e os atletas paralímpicos não puderam comparecer aos Jogos de Pequim, quando a maioria deles já havia chegado à China para treinamento. Essa retórica de Bach não é uma epifania", disse Chernyshenko.
Em 28 de fevereiro, o COI emitiu uma recomendação às federações esportivas internacionais para proibir atletas da Rússia e de Belarus em competições internacionais ou apenas permitir que competissem sob status neutro.
De acordo com o vice-primeiro-ministro, como resultado do contínuo lobby "nos bastidores" de Bach, as federações internacionais estão alterando seus estatutos e criando precedentes para a subsequente exclusão das federações esportivas russas de suas fileiras. A Rússia, por sua vez, tem repetidamente pedido o abandono da politização do esporte.
Nesta quarta-feira (16), o Comitê Paralímpico Internacional (CPI) suspendeu a participação do Comitê Paralímpico Russo (RPC, na sigla em inglês) na organização.