Zelensky revelou que no início da operação especial da Rússia, as autoridades ucranianas consideraram um plano para a evacuação de Kiev e a conservação da infraestrutura da cidade. Essa ideia, no entanto, não avançou com o argumento de que isso motivaria as tropas a seguirem lutando pelo regime.
"Bem, vamos reunir todos e tirá-los do país. E então quem deve proteger [o país]? Apenas pessoas com metralhadoras? Eles não têm esposas e filhos? Eles têm pais e famílias. E o que os motiva no campo de batalha? A Ucrânia. E o que é a Ucrânia? Apenas terra? Terra e suas famílias. E se todas as suas famílias fossem embora? O que eles estariam protegendo então?", disse Zelensky.
Segundo o líder ucraniano, ele tomou essa decisão depois de olhar para as cidades e vilas destruídas de Donbass.
"Não havia pessoas onde não havia nada, onde tudo foi simplesmente destruído", disse o chefe do regime de Kiev, afirmando que não considerou a estratégia como uma tática de "escudo humano".
A Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, respondendo aos pedidos de ajuda das repúblicas populares de Donetsk e Luhansk.
O Ministério da Defesa da Rússia disse repetidamente que a operação visa apenas a infraestrutura militar ucraniana, enquanto a população civil não está em perigo. Ao mesmo tempo, Moscou acusou as tropas ucranianas de organizar fortalezas militares em áreas civis e usar pessoas como escudos humanos.