Pelosi é a pivô da escalada de tensões entre China e EUA devido à sua visita a Taiwan, em agosto. O avião da Força Aérea dos EUA com a presidente da Câmara a bordo aterrissou em Taipé no dia 2 daquele mês, com caças chineses se dirigindo ao estreito de Taiwan como resposta.
Segundo declaração de Pelosi naquele momento, a viagem não violou acordos conjuntos sino-americanos e "honrou o compromisso dos EUA com a democracia de Taiwan".
Nancy Pelosi posa para foto oficial ao lado de sua delegação e de autoridades de Taiwan após aterrissagem em Taipé. Foto de arquivo
© Reprodução/Twitter/Nancy Pelosi
Porém, para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Wang Wenbin, a ida de Pelosi a Taiwan teve como objetivo provocar a China e contrariar a política de "uma só China", adotada oficialmente pelos Estados Unidos.
"As declarações de Pelosi são mais uma prova de que sua visita à região chinesa de Taiwan buscou demonstrar conivência e apoio às forças separatistas de Taiwan. Ela se referiu abertamente a Taiwan como um 'país'. Essa é uma grave provocação política, que viola o princípio de uma só China e os três comunicados conjuntos sino-americanos", apontou o porta-voz à época.
Em uma reunião realizada na ilha indonésia de Bali, durante a cúpula do G20, nesta semana, o presidente chinês, Xi Jinping, instou seu homólogo estadunidense, Joe Biden, a transformar os compromissos do país com Pequim em relação a Taiwan em ações concretas.
O líder chinês afirmou que a questão de Taiwan está no "cerne dos interesses centrais da China" e que essa é "a primeira linha vermelha que não deve ser cruzada" nos laços bilaterais entre as nações.