As informações foram divulgadas pelo jornal Haaretz informou nesta quinta-feira (17), citando fontes familiarizadas com o assunto.
O governo israelense supostamente decidiu financiar a compra de materiais estratégicos para a Ucrânia depois que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, exigiu que Israel deixasse de fornecer suprimentos estritamente humanitários e expandisse sua assistência a Kiev, entregando equipamentos militares, incluindo sistemas de defesa aérea, diz a reportagem.
O acordo de entrega de tipo não revelado de materiais estratégicos foi alcançado através de outro país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que fornece armamento para a Ucrânia.
Israel supostamente gastou milhões de dólares em assistência militar à Ucrânia, e o terceiro país não identificado comprou os materiais necessários para Kiev.
O lado israelense também concordou em permitir que a OTAN forneça a Kiev armas que tenham componentes produzidos por Israel, como equipamentos ópticos e sistemas de monitoramento de incêndio.
O jornal não recebeu nenhum comentário do Ministério da Defesa de Israel ou do gabinete do primeiro-ministro Yair Lapid.
Em 30 de outubro, o embaixador ucraniano em Israel, Yevgeny Korniychuk, disse que a Ucrânia pediu aos EUA que exercessem pressão sobre Israel para organizar entregas de armas para Kiev e para examinar o cumprimento de sanções contra a Rússia por Israel porque os EUA eram "o único país que Israel está ouvindo".
No início de outubro, o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, disse, citando "razões operacionais", que Israel não poderia fornecer equipamentos militares para a Ucrânia.
Ele prometeu que Israel ajudaria os ucranianos a desenvolver um sistema de alerta de ataques aéreos e forneceria ajuda humanitária.
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky criticou Israel por reter armas de defesa aérea que ele disse que seu governo precisava para proteger o país dos ataques aéreos russos.
A Rússia lançou uma série de ataques aéreos contra alvos ucranianos em outubro em resposta a uma explosão organizada por Kiev que danificou a ponte que liga a península da Crimeia à Rússia continental e matou quatro civis.