Na Tailândia, Xi diz que região da Ásia-Pacífico não é quintal de ninguém para disputa de potências

Ao chegar a Bangkok para o fórum da APEC hoje (17), líder chinês afirmou que qualquer tentativa de "uma nova Guerra Fria" será impedida "pelo povo ou por nossos tempos".
Sputnik
Em comentários escritos nesta quinta-feira (17), o presidente chinês, Xi Jinping, disse que a região da Ásia-Pacífico não é quintal de ninguém e não deve se tornar local para uma grande disputa de poder. Ao mesmo tempo, o líder pediu ao mundo que rejeitasse qualquer mentalidade de Guerra Fria.

"Nenhuma tentativa de travar uma nova Guerra Fria jamais será permitida pelo povo ou por nossos tempos. […] Devemos seguir um caminho de abertura e inclusão", disse Xi no discurso, acrescentando que a região não deve se transformar em "uma arena para disputas de grandes potências", de acordo com o Global Times.

Os comentários de Xi foram preparados para um evento de negócios à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês) em Bangkok, evento no qual o líder não pode participar devido a sua agenda de reuniões.
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Xi deve ter conversas com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na noite de hoje (17).
"O unilateralismo e o protecionismo devem ser rejeitados por todos; qualquer tentativa de politizar e armar as relações econômicas e comerciais também deve ser rejeitada por todos", afirmou o presidente do gigante asiático citado pela Reuters.
Por sua vez, a anfitriã Tailândia disse também hoje (17) que os líderes reunidos para o fórum APEC devem "superar as diferenças".

"A mentalidade de cancelamento [...] permeia todas as conversas e ações [e] faz qualquer acordo parecer impossível. É por isso que a APEC neste ano deve superar esses desafios e levar esperança ao mundo em geral", disse o ministro das Relações Exteriores tailandês, Don Pramudwinai, em um comunicado.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, estão entre os participantes da reunião principal da APEC, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, é um convidado especial.
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