Embora tenha se dividido em fragmentos, a maior parte do asteroide foi encontrada na pequena e histórica cidade de Winchcombe. Uma análise desses fragmentos agora mostra que o meteorito veio do sistema solar externo e contém água quimicamente semelhante à da Terra.
O estudo foi publicado, em 16 de novembro, na revista Science Advances. Apesar de ainda não ser possível determinar como a Terra conseguiu sua água, os novos resultados apoiam a ideia de que os asteróides trouxeram água para o jovem planeta.
Pedaços do meteorito Winchcombe foram coletados 12 horas depois de atingirem o solo, o que significa que estão relativamente não contaminados com material terrestre.
Depois de coletar cerca de 530 gramas de meteorito de Winchcombe e outros locais, os pesquisadores poliram o material, o aqueceram e o bombardearam com elétrons, raios X e lasers para descobrir quais elementos e minerais ele continha.
O meteorito é um tipo de rocha rara e rica em carbono chamada condrito carbonáceo, descobriu a equipe. Ele veio de um asteróide perto da órbita de Júpiter e começou em direção à Terra há cerca de 300 mil anos, um tempo relativamente curto para uma viagem pelo espaço.
Análises químicas também revelaram que o meteorito tem cerca de 11% de água em peso, com a água retida em minerais hidratados. Parte do hidrogênio naquela água é, na verdade, deutério, uma forma pesada de hidrogênio, e a proporção de hidrogênio para deutério no meteorito é semelhante à da atmosfera da Terra.
"É uma boa indicação de que a água [na Terra] vinha de asteroides ricos em água", disseram os cientistas.