Panorama internacional

Presidente do Irã diz que o país já recuperou totalmente as exportações de petróleo pré-sanções

O Irã conseguiu superar as restrições externas impostas ao país e está aumentando suas exportações petrolíferas, afirmou o presidente do país.
Sputnik
As exportações de petróleo iranianas recuperaram o nível do período pré-sanções, apesar dos esforços inimigos de as restringir, disse no sábado (19) Ebrahim Raisi, presidente do Irã.
O presidente descreveu uma realidade em que o Irã impulsionou sua exportação e produção, organizando planos para completar os projetos inacabados.
"Os inimigos anunciaram formalmente que a [política de] pressão máxima [sobre o Irã] acabou em fracasso, pois vimos que nossas exportações para a região aumentaram e nossos centros de produção foram encorajados", detalhou ele, citado pela agência iraniana Tasnim.
"Apesar das sanções, podemos dar grandes passos para o progresso do país. Estamos cientes de que o inimigo se opõe a que avancemos, que nossa produção esteja em alta, que nossa economia seja resistente, e que nossa ciência e nosso conhecimento aumentem", observou ele.
Sobre as negociações em torno do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) e o levantamento das sanções contra Teerã, Raisi disse que o Irã já deixou claro que não realizará negociações apenas pelas negociações e acusou as partes ocidentais de violarem seus compromissos. Ele referiu que a União Europeia descreveu o texto proposto pelo Irã nas conversas de Viena como lógico, acrescentando que Teerã já expressou suas posições e que são os EUA que devem tomar sua decisão.
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O alto responsável iraniano lamentou que, apesar da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ter reconhecido 15 vezes que as atividades nucleares do Irã não se desviaram de propósitos pacíficos, ela tenha levantado dúvidas novamente.
O Irã iniciou em 2021 negociações com Alemanha, China, EUA, França, Reino Unido, Rússia e União Europeia para reavivar o acordo nuclear, assinado em 2015. O pacto exigia que o Irã reduzisse seu programa nuclear e diminuísse suas reservas de urânio em troca de alívio das sanções, incluindo a suspensão do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo, e uma maior facilidade na exportação de petróleo.
Em 2018, sob a administração de Donald Trump (2017-2021), os EUA se retiraram do JCPOA devido a violações não comprovadas por parte do Irã, impuseram sanções abrangentes a Teerã e adotaram uma política de "pressão máxima" contra o país, levando o governo iraniano a abandonar gradualmente suas obrigações sob o acordo. Joe Biden, atual presidente dos EUA, participou da retomada das negociações do JCPOA mais recentes, mas mantém uma política largamente anti-iraniana.
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