Nomeado pelo Brasil, Goldfajn obteve mais de 80% dos votos e venceu a disputa contra concorrentes de México, Chile e Trinidad e Tobago. A candidata da Argentina, Cecilia Todesca Bocco, desistiu da postulação.
"Ilan Goldfajn foi eleito Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) hoje [domingo] durante uma reunião especial da Assembleia de Governadores do Banco. A reunião aconteceu na sede do BID em Washington, D.C., com delegações participando presencialmente e virtualmente", disse o BID em nota.
Goldfajn será o sétimo presidente do BID, sucedendo a interina Reina Irene Mejía Chacón, que substituiu o norte-americano Mauricio Claver-Carone, acusado de favorecer uma funcionária com quem tinha relações.
O economista comanda o banco por um período de cinco anos.
Como presidente, Goldfajn supervisionará as operações e a administração do Banco, que trabalha com o setor público da América Latina e o Caribe. Além disso, ele vai presidir o Conselho de Diretores Executivos do BID e o Conselho de Diretores Executivos do BID Invest, que trabalha com o setor privado da região.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, parabenizou o brasileiro por sua eleição e disse que os EUA esperam trabalhar em conjunto para implementar reformas na instituição.
O nome de Goldfajn foi indicado pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes. A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chegou a tentar adiar a votação através de uma solicitação feita pelo ex-ministro Guido Mantega. Diante da negativa, o futuro governo sinalizou que não tinha problemas com a escolha do economista para presidir o BID.