Panorama internacional

CEO da Rosatom: resolução da AIEA sobre usina em Zaporozhie é uma espécie de carta branca para Kiev

A empresa nuclear estatal russa Rosatom conversou com a liderança da AIEA sobre a situação na usina nuclear de Zaporozhie (ZNPP) imediatamente após o novo bombardeio do regime de Kiev, disse o CEO da Rosatom, Aleksei Likhachev, nesta segunda-feira (21).
Sputnik
"Estivemos em negociações com a liderança da Agência Internacional de Energia Atômica [AIEA] quase a noite toda. Sei que Rafael Grossi conversou com líderes europeus e transmitiu essa preocupação", disse ele a repórteres durante o fórum AtomExpo 2022, em Sochi.
Segundo Likhachev, graças aos esforços da liderança da AIEA e de Rafael Grossi pessoalmente, "desde setembro vivemos um período bastante calmo na estação de Zaporozhie". "Houve atos de intimidação, mas não se tratava de ameaças diretas à segurança da estação", disse Likhachev.
"No entanto, durante o fim de semana — pelo menos 30 ataques. Eles atingiram com objetivo, atingiram a instalação de armazenamento de combustível usado, o prédio especial, as principais vias de tráfego e, infelizmente, isso é apenas um desafio — os geradores a diesel estão danificados. Nem todos, claro, mas alguns deles", disse o chefe da Rosatom.
A resolução do Conselho de Governadores da AIEA sobre a ZNPP é um documento inaceitável e inadequado, talvez Kiev o tenha considerado uma carta branca para realizar um novo bombardeio em Zaporozhie, disse Likhachev.
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"Você sabe que na semana passada o Conselho de Governadores da AIEA, que consiste em mais da metade dos representantes dos países ocidentais, adotou uma resolução com certas avaliações. No meu entendimento, este é um documento inaceitável e inadequado. Mas foi aprovado. Infelizmente, coisas inaceitáveis e inadequadas foram incluídas na prática nos últimos meses", disse ele.
"Aparentemente, Kiev considerou esta resolução uma espécie de permissão, uma espécie de carta branca para bombardear a estação", acrescentou Likhachev.
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