Seul, mesmo com a ajuda dos EUA, tem capacidades limitadas para repelir ataque de mísseis da Coreia do Norte, podendo repelir um míssil de longo alcance ou uma pequena quantidade de mísseis de curto alcance, mas não um ataque em larga escala de diferentes direções, especialmente com cargas nucleares.
"Seul tem boa chance de interceptar um míssil de longo alcance ou um pequeno número de mísseis de curto alcance, especialmente antigos. Mas não mais do que isso. Por isso que Pyongyang conduz justamente treinamento de um ataque de larga escala no início de conflito, a fim de evitar que o adversário capture gradualmente os sistemas de lançamento ou rechace ataques pequenos", explica especialista.
"A julgar pelo que vemos, Pyongyang está se preparando 'assim que for o momento' para atacar com tudo o que tem de forma extensa e maciça. E provavelmente com uma opção nuclear. Ou seja, igual à doutrina dos EUA de 'retaliação em massa' da década de 1950", acrescentou Khrustalev.
De acordo com ele, com seus treinamentos, a Coreia do Norte demonstra à Coreia do Sul que em caso de uma ameaça de ataque preventivo, ela lançará um ataque em larga escala "'aniquilador' e nem os EUA ou defesa antimíssil" os salvará.
O especialista considera que isso é feito para intimidar o inimigo e impedir um conflito real. Ao mesmo tempo, a pressão da comunidade internacional ou novas sanções não vão conseguir significativamente afetar Pyongyang, concluiu ele.
Nesta sexta-feira (18), a Coreia do Norte lançou o que foi preliminarmente identificado como um míssil balístico intercontinental Hwasong-17, também conhecido como "foguete monstro" capaz de alcançar o território dos EUA.